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3 formas que meditar ajuda quem está acometido por pensamentos suicidas


O estigma em torno do suicídio torna tudo em volta dele muito complicado!


Quem está sofrendo com esse tipo de pensamento muitas vezes se sente culpado, sozinho e preso.

Os familiares e amigos de quem foi acometido pelo suicidio podem sentir tristeza, culpa, raiva, ressentimento e confusão.


Na última década, infelizmente, foi observado um aumento significativo nas taxas de suicídio.

E existem muitos fatores que podem afetar essa condição: genéticos, ambientais e sociais.


Por isso, a prevenção do suicidio é uma questão urgente e complexa!

Todos deveriam ter acesso público a serviços de terapia e acompanhamento de sua saúde mental, mas sabemos que essa não é a realidade do Brasil.


Então como a prática de meditação e mindfulness pode ajudar quem tem pensamentos suicidas?


1) Mudar a relação com os pensamentos


Todo sofrimento tem ao menos duas “camadas”: a fisiologia (as sensações físicas) e os pensamentos (como a pessoa interpreta e se relaciona com as sensações que sente).


Para a maioria das pessoas, os pensamentos são os protagonistas da experiência.

Os outros sentidos (visão, paladar, tato, olfato e audição) ficam esquecidos, enquanto todo o valor do seu “eu” é identificado com o pensamento.


Porém é possível ter outro relacionamento com eles através da meditação.


É possível:

  • que os pensamentos, por mais que pareçam intrusivos e ameaçadores, sejam experienciados não como fatos.

  • criar uma distância para poder observar a mente, conviver com dificuldades e fazer as pazes com os sentimentos mais desesperadores.

  • estar conectado a muito mais do que apenas o nosso pequeno conceito do “eu no mundo”.

  • observar as nuances de toda experiência e perceber que até as que há mais aversão nunca continuam igual, se transformando a cada momento.


2) Se tornar amigo da mente


Para muitos, há uma voz criticando e julgando, que fica em segundo plano o tempo todo, dando opinião sobre tudo que acontece.

Uma pessoa que está acometida por pensamentos suicidas, essa auto-crítica pode ser imensa e quase insuportável!


Dessa forma, cultivar a compaixão e o perdão por si mesmo é algo essencial para criar resiliência e segurança.

Além disso, essas práticas cultivam uma mente focada em cuidar de si de forma saudável.


3) Acostumar a pausar e relaxar


Grande parte das pessoas acometidas por essa condição, experiencia um grande número de pensamentos que fazem um ping-pong na mente!


“tudo que eu faço importa”

“nada do que eu faço importa”

“tudo que eu penso é inútil"

“meu cérebro está mentindo pra mim”

"não posso confiar em mim mesmo”

“só posso confiar em mim mesmo”


A incessante necessidade de chegar a conclusões e definições finais, controlar e resolver todos os problemas, faz com que a pessoa se sinta ainda mais presa aquela situação.


Por isso, meditar dá uma desculpa para ter que pausar, parar e não fazer nada.


Assim, aquela pressão é retirada, pois não há nada para ser resolvido durante aquele tempo.


IMPORTANTE:

Como meditar de forma segura se você está acometido por pensamentos suicidas?


É recomendado que você informe o seu terapeuta ou médico que você está meditando para que eles acompanhem o seu bem estar.


Isso porque parar e observar os pensamentos destrutivos pode ser uma experiência muito intensa e até piorar o estado mental geral.


Vá com muita calma e peça ajuda quando encontrar dificuldades!!


  • Mantenha os períodos de meditação curtos.

  • Prefira meditações guiadas.

  • Não se pressione para ficar na mesma posição e nem completar a sessão toda.

  • Pare de meditar se sentir que está entrando em espirais de pensamentos negativos.


PRINCIPALMENTE:

Saiba que você não precisa passar por isso sozinho.

Por mais difícil que seja, tente conversar com as pessoas em quem confia.


Sua vida tem muito valor e significado para aqueles ao seu redor.

E transformar a sua relação com a vida é possível!


Se precisar de apoio, entre em contato com LeveMente para mais informações e centros locais a você ou acesse:

www.cvv.org.br

www.setembroamarelo.com


Fontes: Livros “Mindfulness-Based Cognitive Therapy with People at Risk of Suicide” e “Mindfulness and the Transformation of Despair: Working with People at Risk of Suicide

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