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A vida é uma música



Uma das metáforas zen que eu mais gosto fala que a VIDA É MÚSICA.


Quando você escuta uma música, o intuito é mergulhar e aproveitar cada momento dela, cada nota, cada silêncio, cada batida.


O objetivo de ouvir uma música não é chegar em algum lugar,

não é realizar ou completar nada.


O único intuito é ouvir a música.


Na nossa vida, podemos muitas vezes nos perder em algum objetivo futuro,

em algum propósito a ser realizado ou sucesso a ser buscado.


Mas o verdadeiro intuito da vida é viver.

Mergulhar e aproveitar cada momento da vida, cada nota, cada silêncio, cada batida.

Cada emoção, sensação e pensamento.



Tradução livre de parte da aula de Alan Watts:

(Escute aqui, em inglês: https://on.soundcloud.com/8g1TE)


"A existência e o universo físico são basicamente uma brincadeira.

Não há nenhuma necessidade para eles.

Não vão para lugar nenhum.

Ou seja, não tem um destino ao qual deveriam chegar.


É mais fácil compreender fazendo uma analogia com a música porque a música, como uma forma de arte, é essencialmente uma brincadeira.


Ouvir música é diferente de viajar.


Quando você viaja, está tentando chegar a algum lugar.

Porém, quando escuta uma música, o objetivo da composição não é o seu fim.

Se assim fosse, os melhores regentes seriam aqueles que tocassem mais rápido.

E haveriam compositores que só escreviam os finais.

As pessoas iam a um concerto só para ouvir um acorde final.


Da mesma forma com a dança.

Você não tem o objetivo de chegar em um ponto específico da sala.

O ponto principal da dança é a dança.


Mas não vemos isso como algo que a nossa educação traz para nossa conduta.

Temos um sistema de ensino que dá uma impressão completamente diferente.


É tudo avaliado e o que fazemos é colocar a criança nesse sistema de notas.

Você vai para o jardim de infância e é ótimo porque, quando você termina, entra na primeira série. Então, a primeira série leva à segunda série e assim por diante.

E você sai da escola primária e entra no ensino médio.

Está acelerando, a “coisa” está chegando.

Aí você vai para a faculdade, faz pós-graduação e depois sai para se juntar ao mundo adulto.


Então você começa a trabalhar.

E o tempo todo essa “coisa” está chegando – está chegando, está chegando, esse grande “momento”.

O “sucesso” pelo qual você está trabalhando.


E você acorda um dia com cerca de 40 anos e diz: “Meu Deus, cheguei. Eu estou lá." E você não se sente muito diferente do que sempre sentiu.


Pensávamos a vida como uma viagem, uma peregrinação, uma jornada que tinha um propósito.

O intuito era chegar naquela “coisa”, naquele “fim”.

Sucesso, ou o que quer que seja, ou talvez o Paraíso depois que você morrer.


Mas, assim, não entendemos o ponto.

A “coisa” era uma “coisa musical”, e deveríamos ter cantado ou dançado enquanto a música estava tocando."


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