"Eu não sou racista" - Você já ouviu e pensou isso muitas vezes, não é?
Essa frase assume que o racismo está presente somente nos atos intencionais.
Mas e todos os seus condicionamentos mentais e comportamentos enraizados pela cultura?
E todos os privilégios que você tem como branco que você nem nota?
Não é o caso de se culpar, mas, sim, de se esforçar para reconhecer como os sistemas vigentes marginalizam, silenciam e desumanizam as experiências não-brancas.
Todo dia é necessário escolher ser ativamente ANTI-RACISTA.
Para isso, você pode sempre retornar ao ensinamento mais básico que a meditação te traz:
A interdependência!
Não é possível separar a cura pessoal da cura social.
O sofrimento histórico e contínuo dos negros e pardos é um sofrimento coletivo.
Infelizmente, nem as práticas meditativas estão livres do racismo sistêmico!
Nos templos budistas, existem muitos relatos de um sentimento de exclusão ou desconforto, da falta de representação, acesso, apoio e orientação.
No dia da Consciência Negra, venha conhecer ativistas que usam a meditação para promover a justica social!
Ven. Suhita Dharma
o primeiro monge budista afro-americano.
Bhante Suhita Dharma desafiou os preconceitos e se tornou o primeiro monge budista afro-americano!
Durante toda a sua vida, foi ativista pela inclusão e pela transformação sistêmica tanto como monge como assistente social.
Lutou por justiça social em nome de muitas populações vulneráveis incluindo refugiados, imigrantes, pessoas em situação de rua, portadores do HIV, detentos, ex-detentos e vítimas de desastres.
"A experiência é a melhor professora quando falamos de prática espiritual."
Rev. Angel Williams
a visionária da inclusão.
Essa monja zen é a mente brilhante por trás do Center for Transformative Change.
Seu trabalho é conhecido por trazer abordagens inovadoras e mais acessíveis para o ensino da meditação.
Sempre na linha de frente, seu foco é o racismo e a desigualdade econômica, instigando as pessoas a integrarem a prática meditativa para promover mudanças positivas e desafiar os sistemas de opressão social.
"Sem mudança interna, não pode haver mudança externa. Sem mudança coletiva, nenhuma mudança faz diferença."
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Lama Rod Owens
um dos líderes de sua geração.
Famoso por tratar temas sérios com muita leveza, Rod Owens é um monge tibetano e acadêmico com trabalhos focados no budismo e na opressão sistêmica.
Foi um dos fundadores da comunidade espiritual Bhumisparsha que tem como missão tornar a prática da meditação acessível e inclusiva, ao mesmo tempo que serve como catalisador para mudanças sociais.
Frequentemente aborda tópicos como racismo, sexismo e cura coletiva, jogando luz nos desafios das comunidades que geralmente são marginalizadas da cultura budista.
"Meu coração partido não é um julgamento ou um crime. É um registro detalhado de como eu tentei enfrentar a violência do mundo com a maior abertura possível."
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Zenju Earthlyn Manuel
a artista ativista multifacetada.
Earthlyn Manuel é autora, poetisa, musicista e monja zen, utilizando dessas diversas formas de expressão artística para promover a inclusão nas comunidades budistas e explorar como a cura pessoal e coletiva estão interconectadas.
Seu trabalho inclui a criação de espaços acolhedores para pessoas de todas as origens e identidades, focando no senso de pertencimento e compaixão.
"A pergunta não é se sou digno o suficiente, mas será que sou livre o suficiente para despertar e transformar tudo que é desnecessário em minha vida?"
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Valerie Brown
a revolucionária da liderança.
Aprendiz do monge zen vietnamita Thich Nhat Hanh, seu trabalho foca principalmente na transformação social e racismo internalizado, trazendo diversas perspectivas devido à sua descendência cubana-jamaicana e sua formação budista-cristã.
Grande parte de sua carreira foi dedicada a capacitar indivíduos e organizações e promover a diversidade com mais consciência e compaixão.
“O que acontece com o corpo negro afeta todos os corpos. Estamos conectados.”
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