Nessa sessão de hoje, você vai observar a dor!

Você vai praticar usando a dor como objeto da mesma forma que praticamos com qualquer outro.

Mas a dor parece que é especial, nao é?

Os pensamentos sobre ela são muito difíceis de serem observados de uma distância. Normalmente você mergulha direto neles e se perde.

No caso da dor de cabeça, por exemplo, uma pessoa pode sentir a dor e pensar

“porque será que eu to tendo essa dor de cabeça de repente?”

e aí começa a ir mais longe

“e se for um sinal de uma doença terrível?"

e a catástrofe mental continua se desenrolando.

A pessoa pode entrar em círculos de pensamentos negativos o que, obviamente, afeta muito a saúde mental.

E inclusive pode até trazer outros sintomas além da dor que já está sentindo.

Outra coisa é que, na grande maioria das vezes, esses pensamentos sobre a dor e a ansiedade que eles causam são totalmente desnecessários.

A dor passa e você até esquece dela quando ela não está lá.

O primeiro passo para aprender a conviver com a dor é aprender a distinguir entre as sensações puras da dor, as suas reações e os seus pensamentos sobre ela.

Suas reações podem vir de diversas formas, mas é muito comum que quando você sinta uma dor, você também sinta uma resistência a sentir essa dor.

É como se existisse uma contração em volta dessa sensação de dor, você sente que não quer que a sensação esteja ali naquele momento e quer mudar a sua experiência.

Por causa dessa resistência, vem muitos pensamentos sobre o que é essa dor, como resolver, como melhorar, o que devo fazer, etc...

Então é importante aprender a se permitir sentir o que está sentindo de forma mais relaxada.

Você pode usar uma dor que você já sente para observar.

Se você não tiver sentindo nenhuma dor, você pode gerar a sensação em você mesmo, dando umas beliscadinhas na sua própria mão, braço ou perna.

Bem de leve, só para poder observar a sensação e aprender a técnica para você poder usar quando sentir uma dor real.